olhou muito vagamente para o céu meio limpo para lá do vidro sujo.
pensou no que estaria a fazer. não que se preocupasse, confiava nele.
apenas aquele silêncio, aquela ausência de palavras deixava-a inquieta. era como o peixinho vermelho ir vezes sem conta contra o vidro. quer ir mais além, mas a barreira do físico-cientificamente-possível não deixa passar o corpo. no entanto a alma já voa lá longe.
o problema mesmo é não se ter a certeza, porque a alma não tem olhos nem cérebro para ver. é guiada pelo coração, e o coração leva a uma ramagem infinita de probabilidades.
são essas probabilidades que assustam, que nos fazem sorrir ou estremecer. não gostava mas não tinha mais nada que pudesse fazer.
aí, já era o vidro do humanamente-possível.
é mau comentário limitar-me a dizer que reconheci a Amélie na imagem, que peguei no VLC media player e pus o filme a rolar (again)?
ResponderEliminarnaa, eu fiz exactamente o mesmo. com a banda sonora. o filme ainda não tenho mesmo
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