25.12.11

poema de natal?

a morte do artista é homicídio indiscriminado. facada na coluna como quem vê objecção à luz.
artista mata artista com os dedos na ponta da alma tripartida.



Lx, 25-12-2011

20.12.11

impuro medo

respirar a verdade como se já não existissem sonhos. na tua pele disléxica leio o que se esconde com os olhos, o que as palavras distorcem. o discurso recto não faz sentido a uma alma solta. procuro em cada análise respeitar o que o corpo converge. nada sei até sentir o que não é permitido. até o destino me soa flácido.


Lx, 20-11-2011
pela madrugadas carregadas de intoxicantes numa varanda solitária só minha companheira

4.12.11

amor cão

Pouco ou nada
tudo em vão.
Sabão ácido
dislexia exploração
Disfunção pupilar
unha dilatação.
Criação imunda
partícula implosão.
Caco sujo
partiu sem morrer
numa chávena cosida.


Lx, 02-11-2011

bons-dias

no fundo da chávena

segue os buracos na calçada