8.1.11

AMARGURA


   o teu fado é uma alternativa desigual de ti mesmo.
   segues uma estrada de três sentidos que termina no muro que tu próprio ergueste.
   caíste na desilusão de um romântico não assumido, da ponte sem fundações, da borracha suja, dos sentimentos iludidos.
   ficas selado por uma fita vermelha feita da tua extravagância.
   perfuras as nuvens frias e invisíveis numa ceguez muda que não consegues curar.
   adoeces na tua própria loucura, nadando num abismo de memórias a preto e branco.
   ultrapassas a realidade limitando-te então ao vazio.

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