2.2.11

mergulhos subterrâneos

o metro afunda-se nas entranhas de sua mãe. um som guinchante e amargurado ressoa pelos túneis. coisa muito triste, escorrida como o choro do cão vadio. é cru, é duro. perante o espectáculo silencioso afasto os ruídos e o meu Ó. perco os olhos na peça nauseabunda, arrastada pelo tempo.
outro bicho rebenta com esta pauta improvisada.
então o acordeão do cigano fugiu.


plataforma do metro da alameda, Lx. 01-02-2011

Sem comentários:

Enviar um comentário

onde estiveste hoje?

bons-dias

no fundo da chávena

segue os buracos na calçada