30.10.11
29.10.11
sonhos infelizes
é na noite
que confio o que sou.
totalmente
e tão quente
respiro o som
que não fui.
estou num tempo
que não existe
para eu poder
cantar versos crus.
sendo nudez
no meio do obsceno urbano.
24-10-2011
que confio o que sou.
totalmente
e tão quente
respiro o som
que não fui.
estou num tempo
que não existe
para eu poder
cantar versos crus.
sendo nudez
no meio do obsceno urbano.
24-10-2011
poema para boteille
o fogo que não és expeles. ensimesmas-te numa vaga violenta que transpareces pelo vidro que embacias. escondendo toda e qualquer tristeza que possas conjugar é na cinza que te lavas. procuras a glória no pouco espírito que os outros nada elevam numa brisa intemporal.
Lx, 24-10-2011
Lx, 24-10-2011
19.10.11
estudo ímpar
cor do vidro:
espectro físico solúvel.
homem sonha
transe colapsa.
copo que caiu
sem existir
sem ser
pensou que era de papel.
Lx, 18-10-2011
espectro físico solúvel.
homem sonha
transe colapsa.
copo que caiu
sem existir
sem ser
pensou que era de papel.
Lx, 18-10-2011
julgamento mudo
inconsistência tensa
nó roto
cuspo na laringe
tendão vira papel
reflexão procriada
mente surda
língua química
amargura visceral
destruição opaca
amansada numa saliva
que o silêncio obrigou.
Lx, 15-10-2011
nó roto
cuspo na laringe
tendão vira papel
reflexão procriada
mente surda
língua química
amargura visceral
destruição opaca
amansada numa saliva
que o silêncio obrigou.
Lx, 15-10-2011
reflexo profano
renúncio a memória.
procuro perder
tempo;
pensamento.
assisto ao céu
sentindo a compreensão
que nada
me pode dar
senão
a vibração do imaterial.
Lx, 13-10-2011
procuro perder
tempo;
pensamento.
assisto ao céu
sentindo a compreensão
que nada
me pode dar
senão
a vibração do imaterial.
Lx, 13-10-2011
mente o corpo
o corpo estala
em reacção paralela
à palavra corrupta.
o intelecto quebrado
domina o gesto branco
apaixonado pelo som
que o silêncio aquece.
Lx, 13-10-2011
em reacção paralela
à palavra corrupta.
o intelecto quebrado
domina o gesto branco
apaixonado pelo som
que o silêncio aquece.
Lx, 13-10-2011
15.10.11
pecado vivo
somos carne.
perdemos pele.
somamos ilusões.
acreditamos na mentira.
apedrejamos a palavra.
suicidamos a essência.
cuidamos,
com ternura,
das unhas-sujas de memórias.
Lx, 12-10-2011
perdemos pele.
somamos ilusões.
acreditamos na mentira.
apedrejamos a palavra.
suicidamos a essência.
cuidamos,
com ternura,
das unhas-sujas de memórias.
Lx, 12-10-2011
o dom do nada
se imaginei criaturas
que sentem,
perdi o interesse.
o incompreensível,
fascinou-me nu.
a dúvida não nasce
nem é gesto morto.
a emoção arrebata
para nunca ser visível.
narrações de toda
uma alma
suja
polida
abraçam-me
e vivo na esperança
que sejam mais
do que matéria verbal.
Lx, 12-10-2011
que sentem,
perdi o interesse.
o incompreensível,
fascinou-me nu.
a dúvida não nasce
nem é gesto morto.
a emoção arrebata
para nunca ser visível.
narrações de toda
uma alma
suja
polida
abraçam-me
e vivo na esperança
que sejam mais
do que matéria verbal.
Lx, 12-10-2011
teatro-sombra
sou louca
na minha mente sensível.
vivo imagens
que café seco
se assemelham
a quem vive
no mundo cru
que imaginei
ser real.
Lx, 12-10-2011
na minha mente sensível.
vivo imagens
que café seco
se assemelham
a quem vive
no mundo cru
que imaginei
ser real.
Lx, 12-10-2011
espelho-mão
a sensibilidade que sou
tornou-me intocável.
não sinto;
vejo pelo que existe.
Lx, 12-10-2011
tornou-me intocável.
não sinto;
vejo pelo que existe.
Lx, 12-10-2011
11.10.11
reciclar histórias
Depois do tempo
veio tudo.
O que tu quiseste
e o que não identifiquei.
Fosse gravilha limpa
ou cachimbo novo,
desisti de aceitar
tudo o que propuseste,
só para eu admirar
o que a pele conta.
Lx, 10-11-2011
veio tudo.
O que tu quiseste
e o que não identifiquei.
Fosse gravilha limpa
ou cachimbo novo,
desisti de aceitar
tudo o que propuseste,
só para eu admirar
o que a pele conta.
Lx, 10-11-2011
palidez
Se desconfiasse
qual a cor correcta
dos olhos dum destes,
teria a certeza
do que já não sei.
Lx, 10-11-2011
qual a cor correcta
dos olhos dum destes,
teria a certeza
do que já não sei.
Lx, 10-11-2011
Tambor Cardíaco
Grão de terra,
palpita-me tão inocente
na minha estranha mão.
Duvido,
do que pré-estabeleci,
partindo de lógicas matemáticas
cujo cálculo
é tão falível
quanto o sonho do cego.
Lx, 10-11-2011
palpita-me tão inocente
na minha estranha mão.
Duvido,
do que pré-estabeleci,
partindo de lógicas matemáticas
cujo cálculo
é tão falível
quanto o sonho do cego.
Lx, 10-11-2011
holograma
Se ser é tão errado
porque questionamos?
Sendo o respirar
o pecado mortal.
Não vendo a hora
de perder a razão
por simplesmente sentir
o que é tão proibido.
Lx, 10-11-2011
porque questionamos?
Sendo o respirar
o pecado mortal.
Não vendo a hora
de perder a razão
por simplesmente sentir
o que é tão proibido.
Lx, 10-11-2011
5.10.11
olho roto
cria-se esperança-lixo numa imagem de glória personificada, quando não se compreende o movimento dum maxilar partido. a emoção enrola-se a partir do gesto imperceptível que se capta do caos assustado, por isso, quebro a voz para ti:
-espera por mim que a cegueira ainda não se acalmou.
Lx, 05-10-2011
-espera por mim que a cegueira ainda não se acalmou.
Lx, 05-10-2011
a pares.
sinto um mundo aquoso.
o olhar humano
é tão subitamente
tão fácil.
sinto a fragilidade
do pensar íntimo,
quando o corpo
não esconde a reacção.
sinto a disfunção da palavra
para reflexão do fluído.
tenho compaixão
pelos que sonham sós.
sinto não-solidão
em algo que não existe,
de tão efervescente
se construir.
Lx, fim de Setembro de 2011
o olhar humano
é tão subitamente
tão fácil.
sinto a fragilidade
do pensar íntimo,
quando o corpo
não esconde a reacção.
sinto a disfunção da palavra
para reflexão do fluído.
tenho compaixão
pelos que sonham sós.
sinto não-solidão
em algo que não existe,
de tão efervescente
se construir.
Lx, fim de Setembro de 2011
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- julgamento mudo
- reflexo profano
- mente o corpo
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