9.1.11

espantos ciganos

a mulher grande observa especada. o rafeiro abana o rabo em volta dela.
de rabo-de-cavalo muito liso, muito branco o homem sai e tira um cigarro muito branco. tem uns óculos muito redondos, muito escuros. um bigode farfalhudo mas calmo vibra como os seus dedos tamborilantes. a música toca alta e o carro encontra-se estacionado mesmo no meio da rua sem saída. dobra-se e limpa um faról. abana a cabeça ao som da música tão improvável para tal personagem. o gato preto miou.
o que seríamos nós sem estas extravagâncias?

1 comentário:

onde estiveste hoje?

bons-dias

no fundo da chávena

segue os buracos na calçada