27.7.11

visão viciada VI

Nego em ti tudo aquilo que os teus olhos reflectem, não me querem, não me são. Olhando para a tua casca não sei compreender, se és pele e osso ou mera carne fantasma, os meus olhos não veêm a realidade como antes viram. Nunca me souberam ensinar a repelir a dor da ausência de ser. Sem medos nada pode irrealmente ser. Não posso mais com o ecoar desgastado do teu silêncio que troça de cada sílaba minha. A ti desejo, o enrolar sintáctico da tua lingual ignoro.

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