5.6.11

para a inexistência

será nas madrugadas plenas de respiração suspensa que descansarei, que me libertarei e deitarei sobre o chão imundo sabendo que terei apoio teu. será no maior desassossego urbano que a violência descomunal do transporte me soará a música e me conseguirá por luz nos lábios. sei que poderá ser no toque da pele quente e fria e no sorriso roto que vou saber. e tu vais desconfiar. apenas no silêncio dos momentos de olhos doridos sentado no chão de uma rua qualquer saberás que a palavra é mais do que língua e mãos. a tua alma expandir-se-á em concordância com a batida cardíaca dessa cidade a que chamas tua.

foi um tiro de agora mesmo.

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