o perder o oxigénio é o compreender o que não entranhou mais na pele. o olhar de desconfiança, a sensação mais nua e alegre que nos preencheu os dentes. o descaramento, mesmo ao lado do corrupto, fez o sangue português tornar-se mais vivo e mais rápido. cada mancha que deixámos para trás no capitalismo, no lar, no abandono, no túnel e na grade ali fica liberta e poderosa moldando o nosso mundo em algo mais impotente e leve. cada gota de espessura e sujidade que deixámos para trás marcou-nos as mãos e a memória criando-nos como as carniceiras das ruas daqui aos subterrâneos.
Lx, ruas vermelhas, 08-06-2011
8.6.11
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário
onde estiveste hoje?